Mais de 800 PMs terão férias suspensas no fim do ano
Profissionais do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil e científica também devem interromper imediatamente as férias pelo período de de 15 a 31 de dezembro
qui, 15/12/2016 - 13:36

Profissionais do Corpo de Bombeiros, da Polícia Civil, Militar e Científica terão que suspender as férias de fim de ano e retornar imediatamente ao trabalho no período de 15 a 31 de dezembro. Medida foi publicada em uma portaria assinada pelo Secretario de Defesa Social, Ângelo Gioia, no Diário Oficial do Estado desta quinta-feira (15).
A decisão tem o objetivo de reduzir a criminalidade em Pernambuco, principalmente devido à redução dos policiais militares nas ruas e a não adesão ao Programa Jornada Extra de Segurança (PJES). Ao todo, 400 PMs da Região Metropolitana do Recife e mais 400 no interior do Estado devem retornar às atividades. No Corpo de Bombeiros, o número de profissionais é de 404 e na Polícia Civil de 428.
O subcomandante da PM explicou que caso os policiais não retornem ao trabalho, "as recusas serão registradas através de processos administrativos e o profissional terá o direito de defesa como prevê a legislação". A portaria do governo estadual diz ainda que a interrupção das férias e o retorno imediato às atividades deverão ser comunicados aos policiais em exercício na Secretaria de Defesa Social (SDS-PE) e em órgãos operativos por seus respectivos comandantes, diretores ou chefes.
"A divulgação já foi feita através do nosso boletim geral, através das nossas redes sociais e até pela imprensa. A determinação é de que todos voltem imediatamente às atividades para colaborar até o fim do ano", concluiu Adalberto Freitas. As férias suspensas pela portaria serão retomadas a partir do dia 2 de janeiro de 2017.
Paralisação da Polícia Militar
Na última quarta-feira (7), o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar (PM) iniciam uma Operação Padrão. As corporações reduziram os efetivos nas ruas e os trabalhos ficaram mais lentos.
A Associação dos Cabos e Soldados (ACS) informou que não participará de plantões do Programa de Jornada Extra de Segurança (PJES). Além disso, o texto informa que cabos e soldados não vão comandar viaturas; viaturas com documento atrasado não sairão dos quartéis; e motorista que não tiver o curso de direção defensa não poderá dirigir viatura, conforme a lei.
Para Adalberto Freitas, subcomandante da Polícia Militar, a situação tende a ser normalizada e o sentimento é positivo. "A gente tem visto diariamente que mais viaturas têm sido lançadas nas ruas. Estamos visitando as unidades fazendo esse trabalho junto a tropa tentando buscar deles a consciência para que retornem ao trabalho normalmente", contou.
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