sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

1 mes antes de um ataque cardiaco o coracao avisa

Ataque cardíaco é uma das principais causas de morte no mundo.Os principais problemas que levam a um ataque do coração são: - Pressão arterial alta - Colesterol alto - Cigarro 

Ataque cardíaco é uma das principais causas de morte no mundo.
Os principais problemas que levam a um ataque do coração são:

- Pressão arterial alta
- Colesterol alto
- Cigarro

Se você conseguir se afastar desses três problemas, já ficará mais longe de ter complicações no coração.

No entanto, há outros problemas que devem ser evitados, como:

- Diabetes
- Obesidade
- Má alimentação
- Sedentarismo
- Bebidas alcoólicas

Esses cinco fatores aumentam consideravelmente os riscos de ataque cardíaco.


O assunto é muito sério.

E detectar o problema o mais rápido possível pode garantir a sobrevivência.

Por isso é muito importante conhecer sintomas que podem ser detectados um mês antes do ataque:

Veja mais:

1. Desconforto no peito

Este é clássico, todo mundo conhece.

Às vezes é uma pressão no peito, outra vezes é um ardor ou espécie de beliscão.

Geralmente isso surge durante uma atividade física ou até mesmo durante o repouso.

Observação: é possível um ataque cardíaco sem o sintoma do desconforto no peito, principalmente entre as mulheres.

2. Cansaço

Cansaço sem motivo é muito estranho.

Se o coração passa a trabalhar mais e as tarefas simples já se tornam cansativas, então tome cuidado!

Ao perceber que você está dormindo mais horas durante a noite ou tira vários cochilos durante o dia, atenção!

3. Tosses e resfriados duradouros

Se tiver um resfriado que parece que não vai embora nunca, pode ser sinal de insuficiência cardíaca.

Nessas horas é importante prestar atenção na cor do muco.

Se for branco, está tudo bem.

No entanto, se for rosado, pode ser o indício da presença de sangue e é preciso ver se tem relação com o coração.

4. Inchaço

Se o coração se esforça para bombear o sangue no corpo, veias podem começar a inchar.

Você pode perceber inchaço principalmente nos pés, pernas e tornozelos - pois são as partes mais distantes do coração.

Também é possível perceber cianose periférica, que é uma coloração azulada, vista nas extremidades.

5. Tontura

Com o sangue restrito, o coração fraco, o cérebro pode não estar absorvendo a quantidade correta de oxigênio.

O resultado disso é a sensação de tontura.

6. Falta de ar

O coração e os pulmões são parceiros de trabalho.

Quando o primeiro começa a funcionar mal, os pulmões ficam sem oxigênio necessário.

Resultado: dificuldade respiratória.


terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Entrevista com Atila Roque (Rio de Janeiro, 1959)

Atila Roque (Rio de Janeiro, 1959) já escutou várias vezes aquilo de “se você tivesse sofrido a violência na sua própria pele não defenderia tanto os direitos humanos de todo o mundo”. Ele, responsável hoje pelo escritório da Anistia Internacional no Brasil, responde em silêncio e lembra-se do seu pai, morto em uma tentativa de assalto e cujo responsável nunca foi punido. “Você não pode transformar o desejo de vingança e a dor em uma visão política, algo muito comum hoje em discussões como a pena de morte”, afirma.
Foi o assassinato do pai o que, de certa maneira, o levou até onde está hoje, à frente de uma organização internacional, com 20 pessoas na sua equipe e 3,5 milhões de reais de orçamento para denunciar as violações de direitos humanos cometidas em um país de 200 milhões de habitantes. “Essa morte me marcou profissionalmente. Naquela altura acabava de me formar em história e minha ideia era seguir a carreira acadêmica, mas ao ver meu pai morrer dessa forma abrupta eu não consegui sair do Rio. Ao ficar, eu tive que procurar uma alternativa para viver, mesmo porque foi um golpe financeiro na família. Foi aí que o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) me fez minha primeira proposta de emprego sério na sua campanha nacional pela reforma agrária”. E foi assim que materializou seu espírito ativista. “O Ibase foi muito importante para mim porque descobri um lugar profissional onde era possível participar da vida política e desenvolver ao mesmo tempo minha vocação acadêmica”.
Roque diz que descobriu o mundo “de uma maneira bastante particular” durante os três anos que morou em Tóquio quando tinha 26 anos. E descobriu muito cedo que a vida política sob siglas de partidos não era com ele. Desde então, nunca parou.
Pergunta. Quais paralelismos vê no ativismo da sua época e o que vemos hoje nas ruas brasileiras?
Resposta. O paralelismo entre mim e os jovens de agora é que somos gerações de grande transição. Eu comecei a descobrir o mundo do ativismo ainda no período da ditadura, mas mais no começo dos anos de abertura. Era um momento onde existia uma grande frustração pela incapacidade do Estado de nos representar. A juventude hoje vive uma transição de outra ordem. Está na busca de uma radicalização da democracia. Nós estamos enfrentando um país que, apesar de todos os avanços logrados na esfera política e social, permanece em um enorme déficit de justiça. Esse sentimento gera um incômodo muito interessante e acho que, em parte, se expressa nas manifestações de junho para cá, mas também de outras muitas formas. Eles têm uma vontade muito autêntica de ser parte de um processo de mudança do mundo. Há mais paixão que razão, inclusive.
Os jovens têm uma vontade muito autêntica de ser parte de um processo de mudança do mundo. Há mais paixão que razão, inclusive
Marcha contra o genocídio da juventude negra, na Bahia. | Foto: Leo Ornelas
Marcha contra o genocídio da juventude negra, na Bahia.| Foto: Leo Ornelas

P. Como a sociedade brasileira, Estado e instituições têm respondido a essa “paixão”?
R. Se revelou de uma maneira muito forte tudo aquilo que não foi superado do autoritarismo brasileiro. Vimos que as estruturas do Estado, a segurança e a Justiça, estão despreparadas e defasadas para responder aos desafios do que é Segurança Pública e Justiça no marco de um Estado democrático.
Os que trabalhamos neste âmbito já sabíamos que temos um aparato de segurança com um treinamento focado na guerra, na ideia da conquista de território, da supressão da dissidência e não na garantia de direitos. A novidade foi que isso se colocasse de forma tão escancarada, despudorada, na vida pública das cidades.
P. A Anistia Internacional condenou duramente a violência policial nas ruas e as prisões de manifestantes…
Temos um aparato de segurança com um treinamento focado na guerra, na ideia da conquista de território, da supressão da dissidência e não na garantia de direitos
R. Nossa preocupação foi sobre a forma como o Estado reagiu na linha da criminalização do protesto. Embora não seja uma novidade, porque o Brasil já tem uma história da década dos 90 de muita criminalização de movimentos sociais. Os primeiros a serem processados por formação de quadrilha foram os movimentos do campo na área rural, como o Movimento Sem Terra. Agora ganhou uma escala assustadora, porque o que esperávamos era que o Estado avançasse e não andasse pra trás. O que choca agora é o risco real de um retrocesso em como o Estado regula a ordem pública no Brasil. E isso está se revelando de forma mais clara no debate sobre a Segurança Pública.
P. Em que consiste esse debate, o que está em discussão?
R. Todas as áreas passaram por inúmeras reformas e revitalização nos últimos anos. O que nós temos agora em matéria de saúde, educação ou políticas sociais, comparado com a década dos 70, é muito diferente. Exceto a Segurança Pública. Isso é muito revelador do papel que a violência tem no Brasil na regulação da ordem. Desde a escravidão, a pesar do mito da sociedade pacífica e cordial, a sociedade brasileira está muito marcada pela violência, pelo racismo e a desigualdade.
A polícia, melhor dito o sistema de segurança pública, sempre foi instrumento de garantia dessa ordem. É a última fronteira a ser pensada. Por isso corremos o risco de uma atraso conservador na área de segurança, porque existe uma queda de braço das reformas que deveríamos fazer nesse assunto. A reforma das polícias está na agenda, vai estar em breve no dia a dia das pessoas, e a sociedade vai ter que fazer escolhas. E isso vai ter um reflexo em como vamos a enxergar o sistema prisional, a política de drogas, a militarização da polícia ou o sistema criminal.
O que choca agora é o risco real de um retrocesso em como o Estado regula a ordem pública no Brasil. E isso está se revelando de forma mais clara no debate sobre a Segurança Pública
P. Qual é o papel de organizações como Anistia Internacional em esses debates? Qual capacidade de interlocução tem?
R. O Governo sempre esteve muito aberto a nos receber, mesmo não estando de acordo com nosso discurso. Já estive com o ministro da Justiça, de Relações Exteriores, na Secretaria da presidência, de Direitos Humanos… No entanto, no âmbito da nossa campanha sobre os protestos, encontramos uma maior resistência no Governo Federal, mas também nos estaduais. Já mandamos ofícios para todos os governadores, além de documentação e protocolos de ação em manifestações pacificas e o nível de aceitação foi muito baixo.
P. Talvez eles acharam elevado o nível de violência nos protestos?
R. O fato de você ter manifestações de violência em um protesto, não justifica a violência policial. Você não pode usar a violência de uns poucos para reprimir. A polícia tem que ter protocolos muito claros sobre o uso de armas menos letais. Vimos um uso excessivo sem controle de balas de borracha, gás lacrimogêneo e gás pimenta, e uma atitude de criminalização do protesto como um todo. Esse é o dilema. Esse é o momento em que se vê o melhor e o pior do Estado. Nós vimos o pior.
P. Como a sociedade brasileira convive com a violação de direitos humanos?
R. Temos muito que fazer. Desnaturalizar a violência e romper o silencio é o maior desafio. Vivemos um excesso de complacência em relação à violação de direitos, e ai a responsabilidade não é só do Governo, senão dos atores privados, é da mídia, das pessoas que tem voz…
Nossos grande desafio é a cultura da indiferença e o olhar seletivo que a sociedade tem sobre quem sofre violações de direitos humanos. Se for branco e rico vira um tema de conversação, agora se isso acontece na periferia ninguém se importa. A violência seletiva no Brasil está no nosso foco.
Nossa próxima campanha vai tratar sobre os homicídios, com os que se vão 56.000 vidas por ano. Uma grande parte das vítimas são jovens, e desses 70% são negros ou pardos. A sociedade não faz nada. Eu chamo isso de epidemia da indiferença. E isso revela muito como a desigualdade está ancorada em um profundo racismo.
P. Você diz uma vez que acreditava no poder do feminismo para que a sociedade avançasse e o autoritarismo ficasse ao descoberto. O que você queria dizer?
R. Essa frase vem de como eu entendo o poder e a desigualdade. No no controle de bens econômicos, senão dos bens simbólicos. De um lado está o racismo, e de outro está o sexismo. Acredito que algumas lutas têm uma capacidade muito grande de desorganização do poder. A luta feminista tem uma qualidade muito radical, porque desafia aquilo que é naturalizado. Eu hoje reformularia a frase: O movimento LGBT tem um poder de perturbação da ordem até maior que o feminismo. Eles avançam uma fronteira ainda maior, questionam papeis predefinidos, questionam a identidade sexual, o que é homem e mulher. Desestabilizam o status quo. Eu gosto disso.
Após uma hora de conversa, Roque está atrasado e deve sair para a inauguração do Fórum de Segurança Pública que acontece em São Paulo. Peço para ele dar uma nota – ou uma palavra – ao Brasil em sua luta nos seguintes quesitos. Roque dá uma nota, uma palavra e um comentário antes de sair às pressas.
P. Impunidade.
R. Já estivemos muito pior, mas daria um 3. E a palavra seria seletiva.
P. Corrupção.
R. 6, bom 7. A palavra é transparência. É muito mais visível agora, o que não significa que sejamos mais corruptos.
P. Violência policial.
R.1.
P. Mas não estivemos pior?
R. Ok, daria um 2. Brasil é um país que nem sabe quanto sua policia mata. Se você perguntar hoje quantas pessoas são mortas por policias você não sabe porque não há registro. Só em estados como Rio e são Paulo há uma conta, isso já e um indicador muito grave. A polícia brasileira, certamente, está entre as que mais matam, e certamente também entre as que mais morrem.
P. Respeito às minorias.
R. Um 5. Acho que ainda tem muito racismo, muito preconceito, mas olhando em perspectiva estamos longe de realidades muito piores.
P. Racismo.
R. Um 4. Acredito que somos mais racistas que homofóbicos. A nossa escola de intolerância é o racismo. Uma vez que aprendemos a ser racistas é mais fácil ser homofóbico e intolerante. É a base. É a estrutura de todas as formas de discriminação.
P. Desigualdade.
R. A desigualdade é reveladora das estruturas de poder. Tem toda uma linha de pensamento muito tecnocrática que pensa que dando mais educação se luta contra a desigualdade, mas a desigualdade é o resultado de escolhas da sociedade sobre quem deve e não deve ter poder. Acho que estamos avançando, estamos com 6.
Veja a reportagem no site do jornal El País: “A juventude quer a radicalização da democracia no Brasil”

Atila Roque - na Fundação Ford

Nova York, 2 de setembro de 2016 — A Fundação Ford anunciou hoje a nomeação de Atila Roque como diretor de seu escritório no Brasil, baseado no Rio de Janeiro. Roque, líder proeminente da sociedade civil, será o sucessor de Nilcéa Freire, que deixou a Fundação em maio de 2016.
Atualmente, Roque é diretor executivo da Anistia Internacional Brasil. À frente da organização, liderou a implantação de uma estratégia de direitos humanos de abrangência nacional em um período em que toda a organização passava por um importante processo de reestruturação e de fortalecimento de sua presença no mundo, especialmente em países em desenvolvimento. Roque é uma das principais referências da sociedade civil no Brasil no debate sobre direitos humanos, desigualdades e desenvolvimento social.
Anteriormente, Roque foi diretor do Instituto de Estudos Socioeconômicos (INESC), que realiza análises e acompanha políticas públicas à luz do orçamento, além de pesquisas sobre desigualdades, discriminação de gênero e justiça racial. Ele foi diretor executivo da ActionAid International USA em Washington D.C. e, ao longo de 17 anos, ocupou diferentes cargos no IBASE, uma das mais importantes ONGs do Brasil. Roque também foi diretor da Associação Brasileira de ONGs e coordenador no Brasil do Social Watch.
Por três anos, Roque foi pesquisador visitante no Pacific-Asia Research Center, em Tóquio, no Japão, onde estudou o impacto socioambiental dos investimentos japoneses no Brasil. Ele também foi professor convidado no Instituto Rio Branco do Ministério das Relações Exteriores do Brasil, onde deu aulas de política externa e sociedade civil.
“Atila é uma voz forte e um defensor da justiça e da igualdade. Temos muita sorte de tê-lo à frente da Fundação no Brasil,” diz Darren Walker, presidente da Fundação Ford. “Ele tem uma imensa experiência na construção de relações fortes com vários parceiros, com o intuito de impactar e melhorar vidas, e trará uma força especial aos nossos esforços em prol da justiça racial no país.”
O trabalho da Fundação no Brasil tem o objetivo de enfrentar a desigualdade em todas as suas formas, incluindo a econômica, a política e a social. Com décadas de experiência na sociedade civil, tanto no Brasil quanto no exterior, Roque tem legitimidade e autoridade para liderar a Fundação Ford no Brasil.
“É uma honra ocupar este cargo que me foi confiado em um momento tão crucial para o Brasil”, diz Roque. “Acredito que a Fundação Ford desempenha um papel importante na luta pela justiça social e pela igualdade. Assumo aqui o compromisso de trabalhar em cooperação com os outros, buscando explorar estratégias de doações inovadoras e sustentáveis que reforcem a cultura de direitos em toda a nossa sociedade.”
Roque é bacharel em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e mestre em Ciências Políticas pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro (IUPERJ). Ele é membro dos conselhos diretores da International Budget Partnership, da Just Associates e do Greenpeace Brasil. Ele também é diretor do Fundo Brasil de Direitos Humanos.
Roque, que foi escolhido em meio a uma ampla concorrência internacional, assumirá o cargo em 9 de janeiro de 2017.

Escola de Frankfurt

A Escola de Frankfurt consistia em um grupo de intelectuais que na primeira metade do século passado produzia um pensamento conhecido como Teoria Crítica. Dentre eles temos Theodor Adorno, Max Horkheimer, Herbert Marcuse e Walter Benjamim. Com a II Guerra Mundial, eles saíram de Frankfurt, na Alemanha, para se refugiar nos Estados Unidos, voltando apenas na década de 50.
Na Europa do início do século XX, os rumos e os resultados a que se chegaram com os feitos políticos em nome do proletariado e de uma ideologia marxista começaram a ser reavaliados por alguns intelectuais. A ideia de que a luta entre burgueses e proletariado iria resolver as coisas era questionada ao se perceber o crescimento de uma classe média. Segundo consta, esta geração (subsequente aos primeiros marxistas) que conciliava a teoria (o trabalho intelectual) com o comando do partido socialista tinha o mal-estar de não possuir uma definição exata do marxismo.
O marxismo até então era consenso no Partido da Social Democracia, o qual entendia teoria e prática como palavras sinônimas. Por volta de 1900, ocorreu uma espécie de clivagem, na qual as duas partes (teoria e prática) discutiam a realidade e os rumos do marxismo. O contexto europeu da primeira metade do século será fundamental para se compreender as bases do que veio a ser o “marxismo ocidental” como resposta aos impasses teóricos e políticos. Segundo Perry Anderson, o fascismo e o stalinismo foram as duas grandes tragédias que, de formas diferentes, se abateram sobre o movimento operário europeu no período entreguerras e que, juntos, pulverizaram e destruíram os potenciais criadores de uma teoria marxista nativa ligada à prática das massas do proletariado ocidental.
Enquanto teoria, o marxismo se tornava algo muito diferente de tudo o que o precedera, acarretando como ponto alto dessa mudança o deslocamento dos temas e das preocupações da intelectualidade marxista. As gerações que comporiam o marxismo ocidental (as quais assim o fizeram sem ter consciência disso, sem ter um ”projeto” definido com este nome) não eram mais os engajados líderes políticos de outrora, mas agora elaboravam uma produção intelectual que, em certa medida, se devia ao engajamento político do passado. Afastavam-se daquele passado clássico (do ponto de vista teórico) e, ao mesmo tempo, reavaliavam os resultados do marxismo no presente.
Desse modo, nasceu a Escola de Frankfurt, a qual se dedicou, a partir da década de 20, ao estudo dos problemas tradicionais do movimento operário, unindo trabalho empírico e análise teórica. Em virtude da perda de sua tradição intelectual, o marxismo para os frankfurtianos será alvo de um movimento autorreflexivo. O que será característico no marxismo ocidental é esta autorreflexão do que era, foi e seria futuramente o marxismo, com obras que trataram de temas como o “novo” papel do materialismo histórico, o conceito de história, a tomada da consciência de classe, a cultura, a arte, literatura, enfim, todos considerados como categorias e instrumentos para se pensar as transformações, a validade, as limitações, possíveis caminhos e leituras do marxismo diante da sociedade industrializada moderna. Segundo Danilo Marcondes, os autores ligados à Escola de Frankfurt não se pretendiam realmente comentadores ou intérpretes do pensamento de Marx, mas tinham como proposta buscar inspiração no marxismo para uma análise da sociedade contemporânea.
Para os frankfurtianos, a razão que desponta com a valorização da ciência cada vez mais evidente, trata-se de uma razão instrumental. Assim, o que se tinha era uma racionalidade de cunho positivista que visava a dominação e intervenção na natureza a serviço do poder do capital, estendendo-se esta dominação também aos homens, cada vez mais alienados dos processos sociais em que estavam envolvidos. Logo a ciência não seria imparcial, mas controlaria o exterior e o interior do homem. Ainda segundo Danilo Marcondes, para a Escola de Frankfurt alguns dos aspectos centrais dessa dominação da técnica seriam a indústria cultural e a massificação do conhecimento, da arte e da cultura que se produzia naquele contexto diluindo-se assim a força expressiva de cada um, seus significados próprios, transformando tudo em objeto de consumo.
Assim, os intelectuais da Escola de Frankfurt conduziram suas obras a uma esfera crítica e reflexiva quanto ao marxismo, abordando categorias e conceitos que ora dizem muito sobre as consequências e rumos da prática marxista do passado e daquele momento em que escreviam, ora dizem respeito a uma espécie de proposta ou releitura daquilo que poderia (ou não) e mereceria ser feito. Logo, será da preocupação em sugerir e descortinar uma realidade reificada e “contaminada” pela lógica capitalista que nascerão tais trabalhos, num questionamento quanto às maneiras de se alcançar a efetiva tomada da consciência de classe e, dessa forma, superar a conjuntura capitalista dada.
Paulo Silvino Ribeiro
Colaborador Brasil Escola
Bacharel em Ciências Sociais pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
Mestre em Sociologia pela UNESP - Universidade Estadual Paulista "Júlio de Mesquita Filho"
Doutorando em Sociologia pela UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas

Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou acadêmico? Veja:
RIBEIRO, Paulo Silvino. "A Escola de Frankfurt"; Brasil Escola. Disponível em <http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/a-escola-frankfurt.htm>. Acesso em 21 de dezembro de 2016.

brasil paralelo

https://www.youtube.com/watch?v=IrLLxZ7-Z-w


domingo, 18 de dezembro de 2016

Lindenberg Farias o criado



Lindbergh Farias: o estudante que enganou muita gente!
Por admin
25/07/2015
Começo dos anos 90. O presidente da época está em vias de perder o cargo por causa de um pedido de impeachment. Um lider estudantil da UNE começa a criar fama nacional. O presidente perde seu mandato. O lider estudantil consegue seu intento e alcança a fama desejada. Com uma retórica convincente, consegue reunir muitos admiradores.
Ele foi um dos lideres dos famosos “caras-pintadas”, um movimento estudantil que sacudiu politicamente o país no começo dos anos 90, pedindo a saída do “caçador de marajás” da época.
A mídia tendenciosa até hoje atribui a esse movimento à saída de Collor. Patético engano.
Pra quem tem mais de 35 anos, essa sequência continua fresquinha na lembrança.
O presidente em questão era Fernando Collor de Melo. O lider estudantil era… Lindbergh Farias.
lindberg farias, cara pintada
Nos anos 90, apenas um cara pintada…
Um detalhe interessante: apesar de ser um líder estudantil, Lindbergh Farias não chegou a se formar. Tentou medicina e direito (matérias muito semelhantes), mas não conseguiu ir até o fim. Por que?
Como foi dito no começo, a intenção do cidadão era ter fama com a situação politica complicada do país na época e ele conseguiu. Após o fim da liderança estudantil, ele conseguiu se eleger deputado federal por 2 mandatos consecutivos.
Após isso, foi eleito e reeleito prefeito de Nova Iguaçu (RJ) e é atualmente senador da República pelo PT.
À saber, seu começo politico foi no PC do B, partido que seu avo fazia parte, depois foi para o PSTU antes de se firmar (será?) no PT. Apenas coincidência que todos seus partidos são de esquerda? E tem uma quedinha pelo socialismo/comunismo?
Tentou, mas não conseguiu, se eleger para governador do RJ. O povo carioca é inteligente e preferiu eleger o competentíssimo Luiz Fernando Pezão. Parabéns, cariocas!!!!
A vida politica de Lindbergh Farias é bem recheada. Mas o recheio não é agradável. Pelo menos para os seus eleitores. Seu nome está sempre envolvido em algumas “cagadas” do PT. Será que fazer “cagadas” é algo que está nas entranhas de quem se filia ao partido ou é algo patológico do próprio partido?
Seu nome aparece entre os envolvidos da operação Lava Jato, como você pode conferir aqui aqui.
Nesse link você pode conferir uma matéria do jornalista Lauro Jardim (Veja) sobre um jantar onde estiveram presentes os outrora “inimigos” Collor e Lindberg, além de José Sarney, Renan Calheiros (que cedeu o espaço para essa conversa frutífera) e Romero Jucá. Olha, só gente boa, de garbo. Nesse jantar decidiram entre eles que o governo Dilma não passa de setembro do ano corrente. O que eles sabem que o povo não sabe?
Pois é, quem diria que passados mais de 20 anos, estariam no mesmo espaço e conversando como velhos amigos, os ultrapassados Lindbergh e Collor hein? Só a politica brasileira pode propiciar momentos tão constrangedores.
Lindbergh conseguiu o que queria. Foi o estudante que enganou muita, mas muita gente…
Mais um detalhe curioso: ele foi um dos mais ativos na questão do impeachment de Collor e hoje acusa de golpistas aqueles que querem o impeachment de Dilma. Quanta coerência…
Até o próximo artigo!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Momento História - A VERDADE DO COMUNISMO NA DÉCADA DE 1960

https://youtu.be/hX18NCOdgnQ

Parabéns a jornalista Marta Serrat que vem visitando assuntos desconhecidos e escondidos do cidadão brasileiro.

Parabéns ao Homem JOSÉ CÂMARA que  hoje dá um EXEMPLO DE ÉTICA mesmo tendo sido um terrorista armado e cruel nos anos de juventude. Mostra que nem tudo está perdido e dá um exemplo do que é e de como ser um patriota.  Isto é hombridade a ser repassado para as novas gerações.

Falar sobre a verdade é assumir o papel de perdedor como um honrado guerreiro em uma guerra social é o princípio da correção de um rumo errado que nosso povo foi levado a caminhar. Sim, fomos levados por uma trilha que nem imaginávamos que acabaríamos novamente nas mãos dos comunistas 50 anos depois do pedido de socorro feito pelo povo que viveu dias de terror em nosso país. E hoje o
Povo não sabe disto pois a verdade  foi escondida.

OBRIGATÓRIQ conhecermostos  a verdade dita pelos próprios comunistas terroristas da época da revolução militar que salvou o Brasil de uma vida sangrenta até os dias de hoje.

Mas ATENÇÃO já estamos vivendo sob novo ataque e tudo pode ficar como planejado há 60 anos atrás. Na história do socialismo isto é um pequeno atraso no plano, mas para eles
nunca é tarde para se vingar de toda uma nação e implantar o que eles perseguem há tanto tempo no Brasil.  E ouso dizer que os comunistas brasileiros estão de parabéns pois ao fim de 2016 estão quase conquistando a vitória que não tiveram em 1964. Acorda meu povo que a história é aqui e agora. Entramos para viver a guerrilha que nosso país não viveu pela
Proteção que as FA nos deram por 21 anos. E agora vamos encarar sozinhos como cidadãos desarmados o que já está acontecendo em baixo de nossos narizes e não queremos aceitar por nos acharmos capazes de reconstruir a democracia com movimentos civis de rua dirigidos por esquerdas disfarçados de brasileiros patrióticos ?

#SOSBRASL #PeloPovoBrasileiro